Sob aplausos e gritos de “justiça”, foi enterrado, no cemitério de
Irajá, na tarde desta segunda-feira, o corpo do estudante Rafael Costa,
de 17 anos, morto, na noite de domingo, por um tiro de fuzil no pescoço
em Cordovil, Zona Norte do Rio. O disparo foi feito pelo sargento da
Polícia Militar Márcio Perez de Oliveira, de 36 anos.
Cerca de 300 pessoas acompanharam a cerimônia, entre elas vários amigos do jovem, que estavam revoltados. Rafael foi descrito como um rapaz que nunca havia se envolvido com nada de errado, e que gostava muito de esportes. O jovem treinava Muay Thay numa academia perto de casa.
- Ele tinha acabado de operar o joelho e não estava podendo lutar, mas continuava indo aos treinos para apoiar o resto da equipe - contou um amigo de Rafael, que se identificou apenas como Rogério.
Cerca de 300 pessoas acompanharam a cerimônia, entre elas vários amigos do jovem, que estavam revoltados. Rafael foi descrito como um rapaz que nunca havia se envolvido com nada de errado, e que gostava muito de esportes. O jovem treinava Muay Thay numa academia perto de casa.
- Ele tinha acabado de operar o joelho e não estava podendo lutar, mas continuava indo aos treinos para apoiar o resto da equipe - contou um amigo de Rafael, que se identificou apenas como Rogério.
O sargento Marcio Perez de Oliveira já está preso na Unidade
Prisional da PM em Benfica. Ele foi autuado por homicídio doloso (quando
há a intenção de matar) pela Divisão de Homicídios. Ele estava com
outros sete policiais, em duas viaturas, fazendo patrulhamento de
rotina, na Estrada Porto Velho. Quando Rafael e seus dois irmãos, de 17 e
19 anos, passaram pelo local, o pneu do Fiat Ideia em que estavam
estourou e, segundo a versão dos policiais, os PMs confundiram o barulho
com tiros.
O sargento, então, teria tentado abordar o veículo, mas Rafael Costa - que era menor de idade e não tinha carteira de habilitação - teria se assustado e tentado fugir. Neste momento, o policial efetuou dois disparos. Os oito PMs prestaram depoimento e confirmaram a versão dada pelo terceiro-sargento. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, lamentou a morte do jovem.
- O policial se assustou porque ali é um local ermo, próximo a cidade alta, com elementos periculosos por perto. Mas é lamentável para a corporação. Estamos aí para preservar vidas. Tem que atirar com segurança - disse Costa Filho
O sargento, então, teria tentado abordar o veículo, mas Rafael Costa - que era menor de idade e não tinha carteira de habilitação - teria se assustado e tentado fugir. Neste momento, o policial efetuou dois disparos. Os oito PMs prestaram depoimento e confirmaram a versão dada pelo terceiro-sargento. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, lamentou a morte do jovem.
- O policial se assustou porque ali é um local ermo, próximo a cidade alta, com elementos periculosos por perto. Mas é lamentável para a corporação. Estamos aí para preservar vidas. Tem que atirar com segurança - disse Costa Filho